No último dia 12 foi meu tão esperado primeiro treino.
Cheguei com uns 20 minutos de antecedência, tratei de me apresentar ao pessoal e
logo de cara deu para sentir o clima bacana de boas-vindas e de solidariedade
deles todos. O pai do Lucas, um dos atletas (na foto, comigo), logo me ofereceu um footguard
emprestado. Como suponho que ninguém esteja ainda familiarizado com os termos
técnicos do esporte, explico: essa peça é aquela grade que fica na frente da
cadeira e com a qual nos defendemos e fazemos os toques de bola.
O processo de colocação do footguard nas cadeiras, antes do
jogo, já é normalmente meio demorado. Como o meu foi gentilmente cedido e
estava totalmente na base da improvisação e da extrema boa vontade da equipe de
apoio, levei mais tempo para ter o tal aparato devidamente prendido nas bases
da minha cadeira. Enquanto rolava o
puxa-daqui-aperta-dali-peraí-mais-um-pouquinho-que-tá-quase, a técnica Rosana
estava reunida do outro lado da quadra com os jogadores e passando as instruções
para o jogo. Quando me juntei aos bons, só peguei a hora do “agora vamos pra
quadra, pessoal!”.
E eu fui! Sem entender patavina das técnicas do jogo, estava
eu lá, dentro da quadra e, obviamente, começando o
negócio ainda meio perdidinha. Treinamos uns toques de bola, umas jogadas
ensaiadas e depois houve, logicamente, a tão esperada partida.
Confesso que, de início, bateu um
certo cagacinho, já que os meninos eram mais atirados e fiquei com medo de
tomar uma traulitada. Depois fui me soltando um pouco e a coisa acabou fluindo
um tanto melhor para mim. Meu time abriu o placar e fez logo o primeiro gol.
Beleza!
O revezamento das posições em
quadra era feito por rodízio. A cada 10 minutos os jogadores mudavam de
posição. Até aí, tudo bem. No entanto, minha primeira patacoada aconteceu
quando foi minha vez de ir para o gol. Em poucos minutos deixei uma bola passar
e a partida estava empatada. Puxa, que chato!
E o meu vexame em quadra estava só
começando. Não demorou muito para vir outra bola e a atenção tinha que ser
total, para fazer uma defesa que lavasse a égua e minha alma. Foi nesse momento
que paguei o grande mico da estreia. Estava certíssima de que tinha tudo para defender
o time e desviar a bola com um toque leve, genial e cheio de categoria. Fui confiante
pra cima da grande pelota, dei o sonhado toque na danada e a redonda... entrou
no gol!!!! Isso mesmo, meu indignado leitor: fiz um imemorável GOL CONTRA!
Cacete, que vergonha!
Evidentemente que os técnicos e
toda a equipe, generosíssimos, disseram que eu me saí bem para uma primeira vez
e que essas coisas acontecem. De minha parte, vou me esforçar para não
continuar dando mancada. Do contrário, o que será que eles vão poder me dizer ou
fazer para eu não me transformar definitivamente numa pereba? Ou então eles nem
vão dizer mais nada e o banco de reservas de um time de peladeiros será meu lugar
cativo.
No fim das contas, meus
"babus" da estreia não me encanaram e tampouco me fizeram pensar em
desistir do esporte. A experiência valeu à beça, pelo menos para mim. Só não
posso garantir que meus companheiros de
equipe comunguem do mesmo pensamento. Rogo aos céus que eu esteja errada!