terça-feira, 15 de novembro de 2011

E lá fui eu pro Power Soccer!





No último dia 12 foi meu tão esperado primeiro treino. Cheguei com uns 20 minutos de antecedência, tratei de me apresentar ao pessoal e logo de cara deu para sentir o clima bacana de boas-vindas e de solidariedade deles todos. O pai do Lucas, um dos atletas (na foto, comigo), logo me ofereceu um footguard emprestado. Como suponho que ninguém esteja ainda familiarizado com os termos técnicos do esporte, explico: essa peça é aquela grade que fica na frente da cadeira e com a qual nos defendemos e fazemos os toques de bola.

O processo de colocação do footguard nas cadeiras, antes do jogo, já é normalmente meio demorado. Como o meu foi gentilmente cedido e estava totalmente na base da improvisação e da extrema boa vontade da equipe de apoio, levei mais tempo para ter o tal aparato devidamente prendido nas bases da minha cadeira. Enquanto rolava o puxa-daqui-aperta-dali-peraí-mais-um-pouquinho-que-tá-quase, a técnica Rosana estava reunida do outro lado da quadra com os jogadores e passando as instruções para o jogo. Quando me juntei aos bons, só peguei a hora do “agora vamos pra quadra, pessoal!”.

E eu fui! Sem entender patavina das técnicas do jogo, estava eu lá, dentro da quadra e, obviamente, começando o negócio ainda meio perdidinha. Treinamos uns toques de bola, umas jogadas ensaiadas e depois houve, logicamente, a tão esperada partida.

Confesso que, de início, bateu um certo cagacinho, já que os meninos eram mais atirados e fiquei com medo de tomar uma traulitada. Depois fui me soltando um pouco e a coisa acabou fluindo um tanto melhor para mim. Meu time abriu o placar e fez logo o primeiro gol. Beleza!

O revezamento das posições em quadra era feito por rodízio. A cada 10 minutos os jogadores mudavam de posição. Até aí, tudo bem. No entanto, minha primeira patacoada aconteceu quando foi minha vez de ir para o gol. Em poucos minutos deixei uma bola passar e a partida estava empatada. Puxa, que chato!

E o meu vexame em quadra estava só começando. Não demorou muito para vir outra bola e a atenção tinha que ser total, para fazer uma defesa que lavasse a égua e minha alma. Foi nesse momento que paguei o grande mico da estreia. Estava certíssima de que tinha tudo para defender o time e desviar a bola com um toque leve, genial e cheio de categoria. Fui confiante pra cima da grande pelota, dei o sonhado toque na danada e a redonda... entrou no gol!!!! Isso mesmo, meu indignado leitor: fiz um imemorável GOL CONTRA! Cacete, que vergonha!

Evidentemente que os técnicos e toda a equipe, generosíssimos, disseram que eu me saí bem para uma primeira vez e que essas coisas acontecem. De minha parte, vou me esforçar para não continuar dando mancada. Do contrário, o que será que eles vão poder me dizer ou fazer para eu não me transformar definitivamente numa pereba? Ou então eles nem vão dizer mais nada e o banco de reservas de um time de peladeiros será meu lugar cativo.

No fim das contas, meus "babus" da estreia não me encanaram e tampouco me fizeram pensar em desistir do esporte. A experiência valeu à beça, pelo menos para mim. Só não posso garantir que meus companheiros de equipe comunguem do mesmo pensamento. Rogo aos céus que eu esteja errada!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Power Soccer

Depois de um abandono vergonhoso de quase um ano deste blog, tomei vergonha e vim falar hoje sobre um assunto que não tem saído da minha cabeça: o futebol em cadeira de rodas eletrônicas, ou Power Soccer. Fiquei mais entusiasmada(díssima!) com a possibilidade de poder jogar do que com a de assistir a uma ou mais partidas desse esporte.

Sei que o treinamento do pessoal tem rolado num clube na Barra da Tijuca, relativamente perto de onde moro/trabalho. Mas minhas atividades cachorreiras e felinícias intensas aos sábados me impedem de largar o osso (que, na verdade, deveria ficar com meus pacientes caninos) do ganha-pão e ir até lá. Só que a gana de querer participar do futebol da bola grande está me consumindo e, literalmente, tenho estado na maior bola divida entre me agarrar ao trampo e largar a ideia e o vice-versa.

Para imprensar e piorar ainda mais minha indecisão, o Jornal Nacional de ontem fez uma reportagem bacanona sobre o esporte. Eu imaginava que as partidas fossem mais violentas e que pudessem causar avarias com certa facilidade na cadeira ou "nim nós". Mas o futebol parece ser tranquilo, inclui uma boa barra de proteção na cadeira de rodas e a gente nem precisa tocar com a mão na bola. Dá até para sair direto da manicure para lá... Ai, céus!, esse último argumento está praticamente me jogando dentro de quadra.

Vale a pena conferir a reportagem do JN aqui.